Eram ambas ruivas. Foi assim que começou a amizade.
Poderia-se dizer também que eram ambas gordinhas, ou tinham sardas, ou que nenhuma das duas tinha outros amigos.
Poderia-se dizer que isso tudo era verdade. Mas elas sabiam que havia sido o ruivo. Aquilo que era motivo de graça para as outras crianças, para elas era motivo de orgulho. E a chegada de uma à escola da outra fez com que tivessem alguém que compreendesse a força por trás daquilo. A força secreta, elas diziam.
E realmente, juntas elas eram mais. As notas melhoraram, o humor, a timidez. Tornaram-se líderes de um grupo de amigos no qual não havia líderes.
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