terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

quando desce o pano

Tudo o que eu queria hoje era chorar com um estranho.

Sem ter que contar os motivos que eu nem sei quais são. Ou repetir as mentiras que eu nem sei quem contou. Ou as mesmas histórias de fatos seguidos um do outro.

Tudo o que eu queria hoje era esquecer do meu passado inventado, e quem sabe ser eu por um dia. Sem ter a obrigação de ser feliz.

Queria hoje não ter a esperança de me encontrar em algo ou alguém. Ou mesmo em mim.

E não ter que me esconder ou me confessar. Queria pular esse sempre falso getting to know you e cantar Caetano na calçada.

Hoje eu queria não ter nem ser objeto de desejo e provar beijos salgados de algo verdadeiro. E abraços que não querem nada além daquilo.

Isso tudo porque um estranho me olhou e sorriu e sabia alguma coisa. E eu que nem sei que segredo ele tirou de mim numa fotografia, pensei que queria aquela parte de mim de volta.

E eu que nem sei o quanto se pode atuar um olhar magnético, pensei que queria saber se aquele era de fato pra mim.

Mas eu queria a liberdade de não precisar contar nada. E que o beijo roubado não fosse só meu.

Tudo o que eu queria hoje, enfim, era me encontrar com um estranho que quisesse de mim exatamente o que eu quero dele.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

just a thought

"saudade dessas memórias inventadas daquilo que poderia ter sido."